Os quadrinhos do Zorro no Brasil





Zorro estreou em 1919 na novela The Curse of Capistrano (A Maldição de Capistrano) de Johnston McCulley, publicado nas as páginas da revista pulp All-Story Weekly, McCulley narra a história do fidalgo Dom  Diego Vega (mais tarde renomeado para Dom Diego de la Vega), que ao voltar da Espanha e ver que a população do povoado de Los Angeles é oprimida pelo governo, assume a identidade do justiceiro mascarado Zorro (raposa em espanhol).




Estréia de Zorro: The Curse of Capistrano, capa da revista All-Story Weekly #2 (Agosto de  1919)



McCulley nunca declarou sua inspiração para o herói, mas é notória a influencia do Pimpinela Escarlate, escrito pela Baronesa Emma Orczy (1903).  Porém há quem identifique a influencia de bandoleiros mexicanos: O lendário Joaquín Murietta (1829-1853), que chegou a ser conhecido como o Robin Hood do El Dorado, fato contestado por historiadores, o mesmo aconteceu com outro suposto inspirador, Salomon Maria Simeon Pico  (1821-1860), que liderou bandidos mexicanos após a guerra entre os Estados Unidos e o México. Para o professor Fabio Troncarelli da Universidade de Viterbo na Itália, Zorro foi inspirado no irlandês  William Lamport (1611–1659), que viveu no México durante a colonização hispânica.


Uma outra possível inspiração seria, Dick Turpin (1705 - 1739), um ladrão de cavalos inglês que teria se tornando um herói na literatura popular, primeiro no romance Rookwood (1834) de William Harrison Ainsworth, depois em penny dreafuls e dime novels, costuma ser retratado usando uma máscara e montando um cavalo preto, chegou a ser interpretado pelo cowboy Tom Mix num filme de 1925.

Um tropo para bandidos reformulados é Just Like Robin Hood.





No romance Szegény Gazdagok do escritor húngaro Mór Jókai (1860), o barão húngaro Lénárd Hátszegi se torna o ladrão mascaro Fatia Negra (Face Negra), ele contudo não era um tipo de Robin Hood, ele roubava para o próprio benefício.



 The Curse of Capistrano não foi a primeira nem a última história de McCulley ambientada na Califórni, é o caso de Captain Fly-by-Night, publicada em 1916 e transformada em um filme em 1922, não por acaso, a história é citada na capa de All-Story: "Do mesmo autor de Captain Fly-by-Night.

Em 1914, surge Jimmie Dale de Frank L. Packard na revista People's Magazine da Streets and Smith (a mesma de personagens como Nick Carter, O Sombra e Doc Savage), Jimmie era um playoby que se disfarçava como um ladrão noturno mascarado chamado The Grey Seal (O Selo Cinza), o personagem foi adaptado em um seriado em 1917.


Em maio de 1919, é lançado o seriado The Masked Rider, onde um cowboy mascarado entra em um conflito na fronteira entre o Texas e o México, além da máscara, o personagem usava uma roupa toda preta. A produção era considerada perdida, até ser encontrada pela distribuidora Serial Squadron em 2003. O nome The Masked Rider já havia aparecido em um curta-metragem de 1914 e um filme de 1916. O então desconhecido Boris Karloff participa do filme.





Pôster do seriado Jimmie Dale Alias the Gray Seal (1917)







Em outro pos, explico a origem dos cowboys mascrados.
O ator Douglas Fairbanks e a esposa Mary Pickford tomaram conhecimento da novela e Fairbanks  teve a ideia de adaptá-lo para um filme mudo pela United Artists, empresa fundada ainda em 1919,  pelo casal, ao lado de Charlie Chaplin e D. W. Griffith.  O filme foi lançado no ano seguinte com o título de The Mark of Zorro, produzido e estrelado por Fairbanks.  Nele são introduzidos novos elementos: a roupa preta, o a marca do "Z" e o esconderijo. Com o sucesso do filme, Johnston McCulley decide voltar a escrever histórias do Zorro, mesmo que na novela original,  Dom Diego tenha desistido de ser o Zorro e revelado a própria identidade.  Esse final foi ignorado, mas o autor incorpora os elementos criados no filme de Fairbanks.  Fairbanks já havia mostrado habilidade com a esgrima em A Modern Musketeer (1917) baseado em "D’Artagnan of Kansas" de E.P. Lyle, Jr. (publicado em seis partes na revista Everybody’s Magazine entre 1912 e 1915, porém, apenas após o lançamento de The Mark of Zorro, o ator tornou-se um astro de capa e espada, em 1921 estrelou The Three Musketeers  interpretando D'Artagnan, papel que reprisaria em The Iron Mask (1929), em 1922 foi a vez de estrelar Robin Hood e em 1924 interpretou o The Thief of Bagdad no filme de mesmo nome, roteirizado por Achmed Abdullah, o filme era inspirado nas Mil e Uma Noites, naquele mesmo ano, Abdullah havia publicado a história em um romance.
The Mark of Zorro estrelado por Douglas Fairbanks (1920)

Em 1922, McCulley lança The Further Adventures of Zorro, um novo romance na revista Argosy All-Story Weekly (revista criada com a fusão das revistas Argosy e All-Story Weekly).  Dois anos depois,  The Curse of Capistrano é compilado em um  livro, dessa vez com o título The Mark of Zorro. Em 1925, Fairbanks volta a estrelar um filme do Zorro, Don Q, Son of Zorro, levemente baseado no romance Don Q.'s Love Story (1909) de Hesketh Hesketh-Prichard e sua mãe, Kate O'Brien Ryall Prichard, o personagem Don Quebranta Huesos surgiu em uma série de contos iniciada em 1897 e era uma espécie de Robin Hood espanhol, sendo assim, não possuía qualquer relação direta com o Zorro, Fairbanks  interpreta Cesar, o filho do Zorro do título. No mesmo ano, Rudolph Valentino estrela The Eagle, onde interpreta o cossaco russo Vladimir Dubrovsky, que assume a identidade de Black Eagle (ou Águia Negra em português, na Espanha, Portugal, França Itália e Argentina, esse foi o nome do filme em seus respectivos idiomas), o filme era baseado no romance inacabado Dubrovsky do escritor russo Alexander Pushkin (1799-1837), escrito em 1832 e lançado postumamente em 1841,  tal como Don Q, Dubrovisky também era uma espécie de Robin Hood russo, característica mantida na adaptação, a identidade de Black Eagle foi criada para o filme, criada na esteira do sucesso de Zorro por Fairbanks, o filme inspirou três produções italianas: Aquila nera (1946), La vendetta di Aquila Nera (1951) e Il figlio di Aquila Nera (1967), enquanto o segundo filme é continuação do primeiro, o terceiro não faz parte da série.


Ainda em 1925, estreia o filme Lady RobinHood, onde Evelyn Brent interpreta Señorita Catalina, que assume a identidade La Ortiga, Boris Karloff interpreta o vilão Cabraza.












Em 1926, Douglas Fairbanks estrela The Black Pirate, cujo enredo foi inspirado em The Further Adventures of Zorro e em A Ilha do Tesouro de Robert Louis Stevenson. No ano seguinte, estrela com a atriz mexicana Lupe Vélez, The Gaucho, ambientado nos pampas argentinos.

No mesmo ano, a atriz Bebe Daniels estrela o filme Senorita, onde interpreta Señorita Francesca Hernandez, o filme é considerado uma paródia de The Mark of Zorro, Daniels é apontada como uma das primeiras atrizes a interpretar uma versão feminina de Zorro. Na Espanha foi lançada como La Nieta del Zorro e em Portugal, A Neta do Zorro. Em 1945, a Ediciones Rialto da Espanha, publicou uma história intitulada na edição 102 da revista Diamante Negro, que na maioria das vezes adaptava roteiros de filmes, a história possivelmente é inspirada no filme, contudo, a capa mostra algumas diferenças, a protagonista não possui cabelos escuros e usa máscara. Na edição 8, a revista havia publicado Bajo el signo del Zorro, as histórias foram produzidas pelo estúdio de Adolfo López Rubio.









Em 1931, um novo romance é publicado na  Argosy All-Story Weekly: Zorro Rides Again.  Logo em seguida, McCulley  publicaria contos nas revistas Argosy (1932-1934), Cavalier Classics (1940), West Magazine (1941-1944 e 1945-1951) e Max Brand's Western Magazine (1954), em 1959, um ano após a morte de McCulley, é lançado o livro póstumo The Mask of Zorro.



Em 1936, Zorro ganha um filme pela Republic Pictures: The Bold Caballero estrelado por Robert Livingston. Posteriormente, a Republic se distanciou do gênero swashbuckler (ou capa espada como é conhecido no Brasil) e usou o nome Zorro em seriados cinematográficos de faroeste: Zorro Rides Again (1937) estrelado por John Carroll como James Vega/Zorro e Zorro's Fighting Legion (1939) estrelado por Reed Hadley como Dom Diego/Zorro. Em 1940, a 20th Century Fox lança um remake de The Mark of Zorro, estrelado por Tyrone Power. Em 1944, a Republic resolve capitalizar mais uma vez com Zorro, em um novo seriado, Zorro's Black Whip, estrelado por Linda Stirling. Contudo, apesar do Zorro no título, não há nenhuma menção a Zorro, Stirling interpreta Barbara Meredith/The Black Whip (O Chicote Negro em português). Barbara assume a identidade após a morte do irmão, o The Black Whip original, Em 1946, lançam Daughter of Don Q, apesar do título, não é uma sequencia de Don Q, Son of Zorro ou mesmo uma adapçnem uma adaptação de Don Q de Kate e Hesketh Hesketh-Prichard, a personagem principal, Dolores Quantero, interpretada por Lorna Gray, é filha de Don Quantero, um herói parecido com Zorro. Em 1947, foi a vez de Son of Zorro, onde George Turner interpreta Jeffrey "Jeff" Stewart, um descendente do Zorro que assume o manto na década de 1860.  Em Ghost of Zorro (1949), Clayton Moore interpreta Ken Mason, outro descendente do Zorro.  Os seriados Don Daredevil Rides Again, de 1951, e Man with the Steel Whip, de 1954 utilizam cenas do seriado The Black Whip, ambos possuem heróis mascarados, o primeiro Don Daredevil e o segundo, El Latigo (O Chicote em português), na França, Don Daredevil Rides Again foi lançado como Zorro le diable noir e Man with the Steel Whip como Le Triomphe de Zorro.  esses personagens conhecidos no TVTropes como Captain Ersatz (sendo ersatz uma palavra alemã que significa substituto).
O filme e os seriados da Republic Pictures
The Mark of Zorro (1940)











Os primeiros quadrinhos americanos do Zorro circularam de 1949 a 1956 pela revista Four Color da Dell Comics, adaptando os romances originais, as histórias foram ilustradas por Everett Raymond Kinstler (497, 538, e 574), Bob Fujitani, Bob Correa e Alberto Giolitti.  Em 1957, Zorro torna-se um seriado de televisão pela Disney, estrelado por Guy Williams.  George J. Lewis, interpreta o pai de Dom Diego, Dom Alejandro de la Vega, essa foi a terceira produção de Zorro que o ator participou, em The Black Whip, interpretou Vic Gordon e em Ghost of Zorro como Moccasin, tendo também participado  de cinco episódios da série de TV do Lone Ranger.  No ano seguinte, a Disney licenciou quadrinho pela própria Dell, publicando na Four Color e na Walt Disney's Comics and Stories. Essas histórias foram ilustradas por  Alex Toth, Warren Tufts e  John Ushler, a série de TV é encerrada em 1959, contudo, os quadrinhos da Dell continuam até 1961. Em 1962, a Gold Key assume os títulos da Disney e no mesmo ano, os estúdios Disney iniciam a produção de histórias para o mercado externo, identificadas pelo código S (de studio). Em 1964, são iniciadas as primeiras histórias do Zorro com o código S, ilustradas por Dan Spiegle, Richard Moore, Doug Wildey, Mel Keefer e arte-final de Mike Royer. De 1966, a 1968, a Gold Key publica histórias do Zorro, contudo, prefere repetir as histórias da Dell. Essas histórias de código S com o Zorro são produzidas até 1978.




Chegada dos quadrinhos no Brasil
Em 1943, a Casa Editoral Vecchi publicou na coleção Os Audazes vol. 3, A Marca do Zorro, republicado em 1959.
Em 1945, a revista Mirim publicou contos e novelas do Zorro escritas por McCulley, as histórias receberam os seguintes título: Zorro desmbainha a espada, Teia de intrigas e Zorro intervem.
Em 1951, entre nas edições 1894 e 1897, o Jornal das Moças publicou quinzenalmente, uma quadrinização do filme de 1940, até o momento, não consegui identificar a autoria.


Fonte: Hemeroteca Digital Brasileira
Em 1953, na edição 77 da revista Edição Maravilhosa, a Ebal publica A Marca do Zorro adaptada por Bill Ely, e publicada originalmente em Four Color #228 (1949). A editora ignorou a capa americana e encomendou uma capa a Antonio Euzébio. A revista Edição Maravilhosa foi lançada em 1948 trazendo o material das revistas Classics Illustrated e Classic Comics , que traziam adaptações literárias. A partir da edição 24 (junho de 1950), a revista também passou a trazer adaptações de livros brasileiros, começando por O Guarani de José de Alencar, adaptado pelo haitiano André Leblanc, que ficou conhecido por ter sido assistente de Sy Barry em O Fantasma.

Em 1952 a EBAL registra a marca Zorro para jornais, revistas e publicações periódicas em geral. Em março de 1954, a EBAL lança a revista Zorro, porém, a revista não trazia o personagem de McCulley, mas o cowboy Lone Ranger, criado por George Washington Trendle e Fran Striker para um programa de rádio em 1933, o personagem foi inspirado no próprio Zorro e em Robin Hood. Desde  1938, o herói era conhecido como Zorro aqui no Brasil, quando O Globo Juvenil iniciou  publicação das tiras de jornal da King Features Syndicate, que eram roteirizadas pelo próprio Fran Striker. A revista da Dell foi lançada em 1948 e consistia de republicações das tiras de jornal, em 1951, quando a série de TV na sua terceira temporada, a revista começou a publicar material inédito, tal como o Zorro, o Lone Ranger migrou para a Gold Key em 1962, com republicações de histórias da Dell, em 1975, começou a publicar novas histórias, porém, a revista foi cancelada em 1977.


 Algumas teorias foram formuladas sobre como o personagem continuou sendo chamado de Zorro no Brasil:
1) Lone Ranger também teve dois seriado pela Republic um em 1938 e outro em 1939.
2) Robert Livingston que interpretou Zorro em The Bold Caballero (lançado em 1 de dezembro de 1936), interpretou  Don Loring/The Eagle, um herói californiano inspirado em Zorro e em Black Eagle, que lutava contra cossacos russo em 1844, no seriado The Vigilantes Are Coming (cujo primeiro episódio estreou antes de The Bold Caballero em 22 de agosto de 1936),  e o Lone Ranger em The Lone Ranger Rides Again (1939), todos lançados pela Republic Pictures. Clayton Moore que interpretou um descendente do Zorro em Ghost of Zorro (1949), também interpretou o Lone Ranger em uma série de TV de 1949 a 1957 (que no Brasil também seria chamada de Zorro) e em dois filmes, The Lone Ranger (1956) e The Lone Ranger and the Lost City of Gold (1958). Curiosamente, The Vigilantes Are Coming foi lançado na França em 1949 com o título Zorro l'indomptable, também foi lançado como Zorro na Alemanha, Dinamarca e Finlândia.



3) Em  Zorro's Fighting Legion, Zorro possui um cavalo branco ao invés do cavalo negro Tornado, outros cavalos brancos aparecem na segunda temporada da série da Disney (Fantasma) e no anime Kaiketsu Zorro (Viento).






Em dezembro de 1954, a Ebal publica mais uma história na revista Edição Maravilhosa #96, A Volta do Zorro, que foi publicada originalmente em Four Color #425 (1952). A história foi escrita por Gaylord Dubois, um prolífico roteirista de quadrinhos, tendo trabalhado para Dell e para a Western Publishing em Tarzan, Lone Ranger (tanto em livro, quanto em histórias solos do cavalo Silver) e Tom & Jerry, entre outras franquias. Em 1955, o jornal Correio da Manhã publica o Zorro de Oulié, ele também foi publicado pela La Selva como Jesse James. Em 1956, as histórias da Dell pré-Disney passaram a ser publicadas na revista Álbum Gigante. Em 1960, a TV Tupi estréia a série Zorro da Disney.







Em 1960, a editora Prelúdio, publico o cordel A Marca do Zôrro de Manoel D'Almeida Filho num formato de bolso (13,5 x 18 cm), a editora publicava também os quadrinhos de Juvêncio, o justiceiro do sertão com desenhos de Sérgio Lima, Rodolfo Zalla, Eugênio Colonnese e Edmundo Rodrigues e roteirizado por Gedeone Malagola, Helena Fonseca, R. F. Lucchetti, Fred Jorge e Reinaldo Santos (produtor da série de rádio original), que pode ser descrito com um nordestern, um faroeste no Nordeste brasileiro, Juvêncio usava uma roupa preta como a do Zorro, ele também se parecia com o Lone Ranger.



. Em 2018, com o nome de Luzeiro, a editora relançou o corde.



                                             

Em 1962, a Abril inicia a publicação das histórias licenciadas pela Disney. Porém, ela se viu em um impasse, uma vez que o título Zorro era registrado pela Ebal, Zorro não poderia ter um título próprio pela Abril, então passou a ser publicado nos mixes Disney: Diversões Juvenis, Tio Patinhas, Almanaque Disney, Mickey e Zé Carioca. A editora publicou histórias da Dell, código S, chilenas e italianas, até que em 1973, iniciou a publicação de histórias locais (código B), roteirizadas por Ivan Saidenberg, Primaggio Mantovi, Júlio de Andrade e desenhadas por Rodolfo Zalla, Rubens Cordeiro, Walmir Amaral e Getúlio Delphin. Em 1972, Zorro aparece uma capa do suplemento Super Plá, porém, apenas o Lone Ranger foi publicado no jornal, no mesmo ano, a Abril lança a revista "Edição Extra - Mickey Apresenta", cada edição dedicada a um personagem ou franquia.  A revista começou pela edição 52 (embora não tivessem numeração na capa), as edições 57 (Maio de 1974) e 59 (Julho de 1974), foram dedicadas ao Zorro e traziam histórias da Dell e códigos B.


A Ebal seguiu publicando tanto as tiras diárias, quanto os quadrinhos da Dell de Lone Ranger, até quem em 1973 lança Zorro de bolso (61 edições), trazendo um faroeste italiano protagonizado por outro Zorro cuja identidade civil era Ted Ariston. No ano seguinte, publica o Álbum do Zorro, que republicou as histórias da Dell pré-Disney. Em 1975, publica Zorro Extra Capa e Espada em formato de bolso. Dessa vez as história eram francesas, ilustradas por Jean Pape (que substituiu André Oulié) oriundas da editora Société française de presse illustrée, em Portugal, as histórias de Oulié foram publicadas como O Mascarilha (nome do Lone Ranger no país).  Em Junho de 1978, a Abril publica em Mickey #308, um inusitado crossover de Mickey e Pateta com Zorro: Operação P.I. 1820, escrita por Primaggio Mantovi e ilustrada por Moacir Rodrigues Soares e Rodolfo Zalla.







Em 1979, a Ebal publica o álbum Zorro, novamente uma história de origem francesa, escrita por Raymond Maric e ilustrada por Pierre Frisano e publicada originalmente ano anterior pela editora M.C.L. E em 1981, a Ebal publica uma revista por artistas brasileiros: A Marca do Zorro. Na época, falava-se que o Zorro estava em domínio público: entre os artistas estavam Franco de Rosa, Jo Fevereiro, Sebastião Seabra, Paulo Hamasaki, Rubens Cordeiro e Arthur Garcia. O quadrinhista Gustavo Machado chegou a ilustrar uma história roteirizada por Franco, porém, a produção se encerrou, a revista durou apenas seis edições.








Em 1982, a Abril lança o Almanaque do Zorro, novamente trazendo republicações de histórias da Dell e da própria Abril. Um segundo número é publicado em 1983.  No mesmo ano, é publicada a última história de código B: A Caverna Secreta, em Almanaque Disney 151 (Dezembro de 1983), ilustrada por Rubens Cordeiro. Também em 1983, a TV Record começa exibir o desenho do Lone Ranger produzido pela Filmation (1980-1982), como Cavaleiro Solitário (nome que já havia aparecido na tradução do segundo seriado que foi lançado no país em 1940 como A Volta do Cavaleiro Solitário), curiosamente, o herói divida um bloco com Tarzan e o Zorro Capa e Espada. Essa não foi a primeira animação de Lone Ranger, em 1966 a CBS exibiu uma série produzida pela Format Films, em conjunto com a Halas e a Batchelor Cartoon Films. Entre 2007 e 2008, a BCI Eclipse lançou dois DVDs trazendo as séries dos dois mascarados.










 Em 1984, Franco de Rosa, Sebastião Seabra, Franco de Rosa, Paulo Paiva e Rivaldo Chinem fundam a Press Editorial. Nela publicam a revista As Aventuras de Zorro, que teve apenas uma edição, que continha duas histórias escritas e desenhadas por Seabra. Em 1982, na revista Almanaque do Faroeste da Grafipar, Frtanco publicou O Vingador, que era inspirado no Zorro. A última revista com nome Zorro foi publicada pela Ebal entre 1984 e 1985, trazendo histórias do Lone Ranger. Zorro e Lone Ranger ficariam sem ser publicados no país até a década de 1990. Em 1990, Alex Toth produziu capas para uma HQ da Marvel (12 edições), baseada numa série de Tv surgida no mesmo ano e estrelada por Duncan Regehr. Apesar da série ter sido exibida no país pela Bandeirantes, as histórias produzidas por Ian Rimmer (roteiros) e Mario Capaldi (desenhos) permanecem inéditas. Em 1991, a L&PM lança uma compilação de histórias de Alex Toth para a Disney.





Em 1993, a Escala publica Drácula vs Zorro (2 edições) com roteiros de Don McGregor  e Rick Magyar e arte de Thomas Yeates, que foi publicada originalmente pela Topps. McGregor e Yeates produziram uma tira de jornal do herói, que também permanece inédita no Brasil. Em 1996, a Rede Record começa a exibir a série da Disney, que havia passado por um processo de colorização por computador em 1992. Em 1997, é lançado em VHS pela América Kids, o anime (desenho japonês) Kaiketsu Zorro. A Record exibe o desenho The New Adventures of Zorro da Warner e o filme Zorro: The Legend Continues, que na verdade era o piloto da série estrelada por Duncan Regehr. Ainda em 1997, é lançada a última revista em quadrinhos do Lone Ranger, dessa vez com o seu nome original.  A revista foi publicada pela Comix Book Shop, uma gibiteria de São Paulo e trazia tiras diárias produzidas por Cary Bates (roteiros) e Russ Heath (desenhos) de 1981 a 1984.  Tal revista teve duas edições e foi vendida apenas em gibiterias e mala direta.








o anime Kaiketsu Zorro 
Série animada da Warner

Dracula versus Zorro

Em 1998, chega os cinemas o filme A Máscara do Zorro, estrelado por Antonio Banderas como Ajeandro Murietta (irmão fictício de Joaquín Murietta), Antony Hopkins como Dom Diego e Catherine Zeta Jones como Elena de la Veja.  O filme fez com que outros produtos do herói chegassem ao mercado brasileiro. A Record passa a exibir o anime e a editora Metal Pesado publica duas revistas do herói:
Uma série em quatro edições, publicada originalmente pela Topps em 12 edições, com roteiros de McGregor  e arte de Mike Mayhew.  Nela a dupla cria um interesse romântico para o herói, a Dama Escarlate (Lady Rawhide), cuja  identidade secreta era Anita Santiago.
A Record também exibiu Robin Hood no Daibōken, os desenhos japoneses tiveram um boom por conta do sucesso de Os Cavaleiros do Zodíaco, exibido a partir de 1994 pela extinta Rede Manchete, curiosamente, também houve um anime de Os Três Mosqueteiros, porém não foi exibido país, a série chegou a ser exibida em Portugal, o mais próximo disso foi a série D'Artacan y los Tres Mosqueperros, uma versão do romance protagonizada por cães, a série é de origem hispânica e foi animada pelo estúdio japonês Nippon Animation, que foi exibida pela mesma Manchete, tendo até mesmo uma revista em quadrinhos pela Rio Gráfica Editora/Editora Globo.
A quadrinização de A Máscara do Zorro publicada originalmente pela Image, com roteiro adaptado por por McGregor  e desenhada por Ron Wagner (2 edições). Em 2001, a Record exibe o filme A Máscara do Zorro e o canal brasileiro Disney faz sua estréia na Tv por assinatura exibindo a série de 1957. A série também foi exibida no Fox Kids, atualmente conhecido como Disney XD.







 
Em 2005, estréia nos cinemas o filme A Lenda do Zorro, seqüência de A Máscara do Zorro, nesse mesmo ano, a Rede Globo estreou a telenovela Bang-Bang de Mario Prata, ambientada no velho oeste. A trama tinha a participação Sidney Magal como Zorroh, Zorro era uma mistura de Zorro e Lone Ranger: Zorroh era um ex-espadachim e barbeiro, tinha como parceiro o índio Tonto (que originalmente era o parceiro do Lone Ranger), interpretado por Eliezer Motta. Questionado sobre o nome, o espadachim afirmava que adicionou a letra "h" por causa da numerologia. Curiosamente, uma foto de Antonio Banderas como Zorro podia ser vista no cenário da telenovela. Essa não foi a única paródia da emissora que evocava ambos os personagens, na temporada de 2001 da Escolinha do Professor Raimundo, o ator Fernando Wellington interpretava o aluno Antônio Zorra, que usava uma roupa preta, sem máscara e falava como um personagem de faroeste e chamava o professor de Ray.



Em 2006, a série da Disney passa a ser exibida pela RedeTV!.  A Record investe na telenovela colombiana: Zorro, la espada y la rosa, produzida pela RTI Colombia-Telemundo em parceria com a Sony. A novela é levemente inspirada no romance Zorro – Começa a Lenda da jornalista e escritora chilena Isabel Allende (2005).

No mesmo ano,  a Panini Comics lança a mini-série Zorro, com roteiro de McGregor e arte no estilo mangá do brasileiro Sidney Lima (desenhista revelado em Novas Aventuras de Megaman,  da editora Magnum), publicada no ano anterior pela editora americana Papercutz, a revista teve apenas 2 edições (das 4 prometidas).  As capas da edição brasileira foram ilustradas por Daniel HDR e colorizadas por Sulamoon (cujo nome verdadeiro é Ursula Dorada, revelada em Holy Avenger).







Em 2008, a Record exibe uma nova série animada, a  futurista Zorro: Geração Z, a série conta a história de Diego de la Vega, um descendente do Zorro munido de alta tecnologia, sua espada era uma espécie de sabre de luz, a ideia não é nova, uma vez que Batman, Homem-Aranha e O Fantasma, também tiveram versões futuristas, além disso, um projeto de filme futurista já estava sendo trabalhado pela produtora Sobini (mais detalhes na seção Informações adicionais).



Em Outubro de 2015, foi anunciado que a série em CGI Zorro The Chronicles, produzida pelo estúdio francês Cyber Group Studios, seria exibida pelo canal por assinatura Gloob do grupo Grupo Globo, a série foi lançada em 18 de julho de 2016.





Informações adicionais
Ivan Saidenberg se inspirou no seriado Zorro's Fighting Legion para criar uma história do Zorro da Disney, Zorro Contra Dom Del Oro, ilustrada por Rubens Cordeiro e publicada em 1974 na revista Almanaque Disney #34.

Nas histórias brasileiras, o Capitão Monastario e o Águia (José Sebastián Varga) se encontram em vários momentos nas histórias brasileiras, contudo, isso nunca ocorreu na série, o Águia aparece na segunda temporada e o Monastario é um vilão da primeira.
O ator romeno Duncan Renaldo estrelou em 1932, o filme Trapped in Tia Juana, nele interpretava os irmãos gêmeos Kenneth Holbert e Johnny Holbert separados ao nascer, Kenneth torna-se um tenente do exército e Johnny torna-se um bandido no México conhecido como "El Zorro", em 1937, interpretou um funcionário da fazenda Vega que ajuda James Vega em Zorro Rides Again, também pelo estúdio, Renaldo atuou em sete filmes da série Three Mesquiteers (uma espécie de adaptação de Os Três Mosqueteiros no Velho Oeste) entre 1939 e 1940, ao lado de Robert Livingston e Raymond Hatton, também participou de The Lone Ranger Rides Again, em 1941, interpretou Cisco Kid nos cinemas, o ator fez oito filmes entre 1945 e 1949, embora tenham lançados outros filmes nesse período estrelados por Cesar Romero e Gilbert Rolland, posteriormente, interpretou o personagem em uma série de televisão de 1950 a 1956, criado pelo escritor americano O. Henry, Cisco Kid surgiu no conto "The Caballero's Way" (1907), no conto, Kid era um fora da lei que atuava na fronteira do Texas e do México e não tinha nenhum traço heroico, foi transformado em um herói nos cinemas, por vezes referido como o "Robin Hood de Monterrey", outra mudança, enquanto no conto ele não tinha origem hispânica, nas adaptações se tornou um "caballero" mexicano. Cesar Romero participou de dois episódios da série Zorro da Disney, onde interpretou um tio de Don Diego. Em 1938, John Carrol estreou Rose of the Rio Grande (Monogram Pictures) baseado em uma história de McCulley, o filme contou com a participação de Renaldo, na Espanha foi lançado como El Nuevo Zorro e em Portugal como O Novo Zorro, curiosamente, o filme South of the Rio Grande, um dos filmes de Cisco Kid estrelado por Renaldo na mesma Monogram, também foi baseado em uma história de McCulley.





McCulley também foi creditado nos filmes Don Ricardo Returns (1946), roteirizado por Renaldo (levemente baseado em The Curse of Capistrano) e The Mark of the Renegade (1951), baseado em Don Renegade e estrelado por Ricardo Montalbán (conhecido pelos papéis de Khan em Star Trek e Mr. Roarke em A Ilha da Fantasia).







George J. Lewis e Clayton Moore também participaram de um filme de outro herói mascarado, Durango Kid (interpretado por Charles Starrett) em Bandits of El Dorado (1949), Durango surgiu em um filme de 1940 da Columbia Pictures, cinco anos depois, o estúdio resolveu transformar o filme em uma série, o ator Charles Starret interpretou o personagem em 65 filmes para o cinema (depois relançados na televisão) até 1952, a Magazine Enterprises publicou quadrinhos do personagem de 1949 a 1955.




O Zorro italiano (Ted Ariston) não foi a única revista em quadrinhos que se aproveitou no nome e visual do Zorro original.  Na mesma Itália teve a Albo di Zorro (1959). Argentina e França também publicaram Zorros genéricos. Na Espanha, a série de livros de bolso El Coyote, criado por José Mallorquí Figuerola em 1943, também ganhou uma série de quadrinhos em 1947, com roteiros do próprio Mallorquí e desenhos de Francisco Batet (capista original da série literária), no Brasil, apenas os livros foram publicados pela Monterrey, uma editora brasileira fundada pelos espanhóis Luis de Benito e Juan Fernandes Salmeron. Curiosamente, a editora publicou na edição 100 da série O Diabo, Murrieta e o Coyote, onde mostrava um encontro do herói com Joaquín Murrieta, na coleção Ases do Oeste foi publicado o livro "Joaquim Murrieta" por Ronald MacDonald, possivelmente trata-se do romance de mesmo nome escrito por I G. Lectte (Isabel González Lectte) e publicado em Forjadores del Oeste da coleção E.A.S.A. Bolsilibros. 

Mallorquí roteirizou o filme L'ombra di Zorro (1962), no ano seguinte, foi lançado um filme do Coyote, El vengador de California, ambos foram produções conjunta de espanhóis e italianos e são considerados exemplo de spaghetti western. 
l segno del coyote (1963) virou Zorro, a fekete lovas e Zoro Maskeler Asagi na Turquia.



No romance Hija de la fortuna (1998), Isabell Allende criou Joaquin Andieta, notadamente inspirado em Murietta.





Em 1936, Warner Baxter interpretou Murietta em The Robin Hood of El Dorado, ele também interpretou Cisco Kid em quatro filmes entre 1928 e 1939.


No filme The Bandit Queen (1950), a jovem Zarra Montalvo (Barbara Britton) se junta a Murieta (Phillip Reed) para se vingar dos assassinos dos pais dela, o filme também sofreu influência do Zorro: Zarra assume a identidade de Lola Belmont e Murietta a de Carlos del Rio, tal como aconteceu com Senorita e The Vigilantes Are Coming, o filme foi associado com Zorro, na Itália foi chamado de La figlia di Zorro e na Venezuela, La hija del Zorro.





Na década de 1950, a TV Tupi exibiu a série O Falcão Negro, uma espécie Zorro da França medieval, em São Paulo foi interpretado por José Parisi e no Rio de Janeiro por Gilberto Martinho, a editora Garimar lançou uma revista em quadrinhos ilustrada por Getúlio Delphin, Walter Peixoto, Edmundo Rodrigues, Gutemberg Monteiro e Fernando de Lisboa.









Edição britânica, histórias de origem francesa, quando era ilustrado por André Oulié, essas histórias chegaram a ser publicadas no Brasil no Correio da Manhã na década de 1950.







Em 1955, a Casa Editoral Vecchi publicou na coleção Os Audazes vol. 29, O Sombra, versão de El Sombra - a "Whistler" Story - Danger and Violence In Mexico de Edward Beverly Mann (1935), uma das histórias da série de faroestee Whistler/Jim Sinclair que recebe auxílio do misterioso El Sombra.

Na mesma coleção, foram publicados A Marca de Zorro e Robin Hood. Em 1961, a editora publicou O Signo do Zorro (The Sign of Zorro), romantização dos primeiros episódios da série da Disney por Charles Spain Verral para coleção Little Golden Book da Simon and Schuster, esse episódios haviam sido editados como um filme com o mesmo título em 1958, em 1964 foi publicado Zorro e O Plano Secreto, outro livro de autorial de Verral, a editora publicou uma versão da coleção com o nome de Livro Dourado, Coleção Mirim.











Em 1964, Alain Delon estrelou La Tulipe noire, cujo título era inspirado num romance  de Alexandre Dumas (famoso por Os Três Mosqueteiros), mas com uma história totalmente diferente, Delon interpreta Julien de Saint Preux  e Guillaume de Saint Preux, dois irmãos que assumem a identidade de Tulipa Negra, inexistente no romance e inspirado no Zorro e no Pimpinela Escarlate (ao invés de resgatar aristogratas, o Tulipa Negra ajuda o povo), em 1975,o ator interpretaria o Zorro numa produção franco-italiana. Também em 1975, foi lançado um anime japonês inspirado no filme.
Pôster italiano de La Tulipe noire
DVD italiano de La Tulipe noire

Em 2002, foi lançado o filme animado para a televisão The Amazing Zorro, produzido pela DIC Entertainment e exibido pela Nickelodeon Sunday Movie Toons, no Brasil foi exibido entre 2003 e 2005 no canal Fox Kids (que depois mudou o nome para Jetix e hoje é conhecido como Disney XD) e lançado em DVD pela Vídeo Brinquedo com o título O Incrível Zorro.





Em 2008, Zorro voltou a ser publicado em histórias em quadrinhos pela editora americana Dynamite, iniciando pela adaptação do livro de Allende por Matt Wagner (20 edições).  Em 2010, a editora publicou a inédita mini-série Matanzas de McGregor e Mayhew (4 edições). Em 2011 publica o crossover The Lone Ranger: The Death of Zorro, roteirizada por Ande Parks e ilustrada por Esteve Polls e capas de Alex Ross (principal), Francesco Francavilla, Tom Yeates  e Jerry Lawler (variantes). No seguinte é a vez de Zorro Rides Again (12 edições) por Matt Wagner (roteiro) e John K. Snyder III (desenhos).

Em 2013, ela traz de volta a Lady Rawhide, um descendente do Zorro, cuja identidade civil é Rafael Vega aparece na minissérie Masks ao lado de Besouro Verde, O Sombra, O Aranha, Terror Negro, Lama Verde e Miss Fury, ambientada em 1938, o arco mostra os heróis integrando o grupo Justice Party, a história é baseada em três aventuras de O Aranha publicada na década de 1930. No mesmo ano, a Disney lançou um filme do Lone Ranger, lançado no Brasil como O Cavaleiro Solitário, dois dos roteiristas do filme,Terry Rossio e Ted Elliot, também roteirizaram A Máscara do Zorro, A Lenda do Zorro e filmes da franquia Piratas do Caribe.






Ainda em 2013, o canal USA anuncio o projeto da série Z, uma versão do herói ambientada em uma Los Angeles nos dias atuais, o herói da série, Diego Moreno é descrito como um órfão que defende a cidade, de acordo com a revista Variety, estão envolvidos na produção: Naren Shankar, produtor excecutivo de Grimm e Louis Leterrier, diretor de The Transporter 1 & 2, The Incredible Hulk, e Clash of the Titans.


E no ano seguinte lança Lady Zorro e anuncia um crossover com Django de Quentin Tarantino, personagem do filme Django Unchained  (2012), inspirado em um personagem dos westerns spaghettis (nome dado a uma estilo de filmes de faroeste produzidos na Itália), interpretado por Franco Nero em 1966, dirigido por Sergio Corbucci, o ator fez uma participação no filme, na trama, esse novo Django, interpretado por Jaime Foxx, era um ex-escravo a procura da esposa. Como Django foi publicado pelo selo Vertigo da DC, as duas dividem a publicação do crossover. De acordo com o site Business Insider, a Sony Pictures cogitou produzir um filme, contudo, o projeto foi cancelado.


Django havia sido explorado em outros filmes italianos sem relação com o o primeiro filme de Sergio Corbucci, Nero voltou a interpretar o personagem Django 2 (1987) de Nello Rossati. No Brasil, Django foi tema de algumas histórias em quadrinhos por Paulo Fukue (publicada em 1970 pela Edrel e reeditada pela Nova Sampa em 1991) e Rodolfo Zalla na revista de Johnny Pecos, publicada por Zalla em 1982 pela D-Arte.
Em 2014, a Dynamite lança o crossover em quatro edições, Lady Rawhide/Lady Zorro, escrito por Shannon Eric Denton e ilustrado por Rey Villegas.

Em 2018, a franquia passou a ser publicada pela American Mythology, que publica Zorro Legendary Adventures, escrita por Jean-Marie Nadaud e desenhada por Robert Rigot e Zorro: Swords of Hell, escrita por David Avallone e desenhada por Roy Allan Martinez.


Os direitos do Zorro continuam sendo questionados nos Estados Unidos. Em 2001, a Sony (que produziu os filmes estrelado por Banderas) processou a Fireworks Entertainment Group pelas semelhanças entre a série de TV Queen of Swords (2000-2001) e o Zorro, na série, ambientada em 1817, a jovem Tessa Alvarado (Tessie Santiago) volta a Califórnia espanhola após a morte do pai e um período da Espanha, ela resolve combater a tirania de um governador inescrupuloso e torna-se a Queen of Swords (Rainha de Espadas), a série durou apenas uma temporada com 22 capítulos.





A Sony perdeu o processo, já que de acordo com o juiz que julgou o caso, Zorro já é de domínio público desde 1995, tanto o conto original, quanto o filme de Douglas Fairbanks. Em 2005, a produtora Sobini Films de Mohammed Mark Amin Sobini (mais conhecido como Mark Amin) processou a Sony, alegando que esta os impedia de produzir um filme do Zorro. A Sobrini afirmou que poderia fazer um filme, uma vez que comprou os direitos de The Curse of Capistrado em 2000 e que as principais características do herói são de domínio público. Em 2011, a Sony anunciou um reboot do filme de 1998, baseado no livro de Allende. 



Em 2012, a revista Variety divulgou que o projeto de Amin, "Z" (anteriormente conhecido como Zorro 2110 e Zorro Reborn) estaria sendo produzido com a 20th Century Fox para o ano de 2014. No longa, estrelado pelo ator mexicano Gael Garcia Bernal (que chegou a participar de Queen of Swords), aparece uma nova versão futurista do Zorro.  Em 2013, o diretor de teatro Robert Cabell moveu um processo contra a Zorro Productions Inc. Em 1996, Cabell produziu um musical do Zorro e recebeu ameaças da Zorro Productions Inc. e então resolveu processá-la, usando também o argumento de que o herói é de domínio público. Ainda em 2013, o trailer de "Z" (na época chamado de Zorro Reborn) foi liberado pela Fox. Em 2014, a Sony contrata Chris Boal para roteirizar o reboot. Além de escritor, Boal é um esgrimista. Em agosto de 2015, o site Hollywood Reporter anuncia que as gravações começaram em 2016, segundo o site, a  Lantica Pictures será co-produtora.



Ainda em 2015, o escritório de marcas e patentes da União Europeia determinou que o nome Zorro não pode ser reconhecido como uma marca registrada no Continente.
A Mythos Editora publicou em 2015 um encadernado da minissérie Masks da Dynamite com o título Máscaras.

Em 2019, o Collider, anunciou que Quentin Tarantino e Jerrod Carmichael estavam preparando um roteiro de um filme crossover de Django e Zorro.

Em setembro de 2021, a Ultimato do Bacon Editora lança uma campanha de financiamento coletivo no Catarse de Z - A Marca da Liberdade, uma edição da revista Escafandro dedicada ao Zorro, na história fictícia, o escritor Johnston McCulley ouve histórias que teriam o inspirado na criação do herói mascarado. Roteiro e desenhos de Germana Viana e cores de Fabiana Signorini.

Em abril de 2022, a JBraga pblicou uma coletâna de Zorro por Alex Toth, o álbum foi financiado por campanha no Catarse. No mesmo ano, o jornalista Francisco Ucha coloca uma campanha para publicar uma história inédita de Primaggio (roteiro) e Rodoldo Zalla (desenhos), que não foi publicada pela Editora Abril.

Ver também
https://quadripop.blogspot.com/2022/10/alguns-filmes-e-series-do-zorro.html
Fontes e referências



Mattos, Antonio Carlos Gomes de. A Outra Face de Hollywood: Filme B.  Rocco, 2003.
Queen of Swords
Crossover entre Zorro e Cavaleiro Solitário
Albo di Zorro (Itália)
El Zorro (Argentina)
Zorro - L. Miller & Son (Reino Unido)
HIstorias do Zorro por Ivan Saidenberg comentadas pela filha, Lucila
Disney Finalmente Lança DVD do Zorro…nos EUA
Curiosidade: Confira episódio dublado da versão futurista de Zorro
Sony processada por causa de Zorro
A Lenda do Zorro
Zorro - Inducks
Disney comics
Zorro - Infantv
The Zorro Comics 1
The Zorro Comics 2
Seriados :: Zorro (1957)
Zorro Four Color (Pre-Disney) 7 issues (1949-1956)
Johnston McCulley's Zorro Stories
Pimpinela Escarlate: herói terá novo filme
An Essay about Joaquin Murieta: a violent fiction about life for an outlaw/folkhero in California
Edward Beverly Mann - 2002 Inductee
O dono da voz
Matéria: Zorro e Cavaleiro Solitário - Uma Confusão à Brasileira
Entrevista: Franco de Rosa (Papo de Quadrinho)
Entrevista: Franco de Rosa (Bigorna)
Lançamento na Quanta:Noite na Taverna em quadrinhos
Memo Magazine - Rodolfo Zallacontendo uma história inédita escrita por Primaggio Mantovi e desenhada por Zalla
Ebal 60 anos: uma celebração
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Os implacáveis quadrinhos de faroeste
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Collection Hurrah - 40 - Zorro et ses legionnaires
Zorro (UK)
El Zorro
Public Domain - TvTropes
Marca do Zorro é declarada inválida na Europa
Noble Bandits
DC Timeline 1835-1936
El Zorro, El Coyote and cia
Zorro’s Origins and The Head of Joaquin Murrieta
Douglas Fairbanks - Histórias de Cinema
“El Zorro”en las revistas argentinas
Espadachins de Hollywood e seus treinadores - Histórias de Cinema
William Lamport: O Zorro da vida real

Comentários

Celso Nunes disse…
Que artigo fantástico! Percebe-se a grandiosa pesquisa que foi feita, mencionando todas as participações do Zorro em séries, filmes e quadrinhos. Parabéns!
Quiof disse…
Obrigado, faltou algumas da Ebal e alguns filmes, mas, queria me focar em alguns períodos em que ele estava em alta.